porque a vida é feita de compensações II

para o bem ou para o mal.

hoje de manhã me livrei de um peso que me incomodava há quase dois anos. um mosquitinho que zumbizava no meu quarto toda noite antes de dormir: finalmente concluí a monografia de uma pós longínqua e que constava da minha lista de pendências para serem resolvidas em 2009. que sensação boa se livrar de um problema, de uma coisinha que era simples mas que, talvez por isso mesmo, eu não tinha coragem nem forças pra resolver. a vontade foi de, literalmente, dar pulinhos de alegria.

e então à tarde, um novo peso, diferente, mais pesado e que por outro lado não depende de mim, foi se instalar direto no meu cangote. e aquela interrogação, que andava rondando a minha vizinhança agora parou na frente da janela e está piscando em neon vermelho pra mim.

sabe, no sábado à tarde eu estava no quarto piso do rio sul e me deparei com uma multidão de gente. dei mais uns passos e então elucidei que aquilo era a fila do povo fazendo suas apostas de última hora na mega sena acumulada. e pensei: que gente louca. se eu soubesse que o prêmio iria sair justamente daquela lotérica talvez tivesse mudado de idéia. talvez tivesse até entrado na fila. que genial isso, 38 pessoas do bolão da firma estão hoje rindo à toa. pior do que não ganhar na mega sena é trabalhar na firma dos 38 ganhadores e não ter entrado no bolão. como eu digo, compensações.

eis que agora me restam apenas algumas pendências daquela lista: ir ao dentista, ir ao médico, fechar uma conta no banco, mudar de previdência privada, fazer bainha em duas calças jeans, arrumar estantes, arrumar armários, arrumar gavetas, arrumar... a vida.

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