inverno

(peguei essa fotinha aqui e achei muito pertinente nesse meu inverno atual)

porque estou me sentindo perdida, esperando um carro passar nessa estrada e me dar uma carona pra onde eu nem sei que quero ir. queria que ao menos um farol iluminasse o meu caminho, me indicasse uma direção, ou me desse uma certeza. mas eu não acredito em ovnis, e essa luz não vai vir do céu. essa estrada é minha, só eu posso decidir pra que lado ir. se der errado, o que der errado, paciência. nem tudo dá certo o tempo todo, o importante é continuar andando, já dizia o joão do whisky.

é que às vezes bate uma insegurança e, pior, um pessimismo em relação ao futuro. é quase um panicozinho, controlado. pior sinal de todos: preguiça de ler. abandonei meus (muitos) livros da fila e só folheio revistas, não me aprofundo em nada. agora tô tentando ler um livro do gauguin, porque é curtinho. não sei se volto a comer pão e arroz, essa dieta não está dando resultado nenhum, vesti a calça 40 da minha irmã e fiquei passada. por mim e por ela, porque a minha irmã nunca passou do 36. e à noite me dá uma larica de doce que eu não sei de onde vem, porque o zé-diabete da casa é ele, não eu. enquanto isso, obcecada por vestidos mexicanos. comprei um pela internet, quero que chegue logo. é tão verão, quem sabe?

são só interrogações, nenhum travessão, nenhum dois pontos:
só reticências... porque eu fico assim quando hiberno em mim, reticente. compro uma casa?... viajo?... gasto meus caraminguás em bala-chiclete-figurinha?... que saudades das tirinhas dos gatos do laerte. eu queria ser a gata, aquela gata fenomenal e segura de si. enquanto isso, obcecada por sites de decoração de onde recorto fotos pra colar idéias na casa que eu ainda não tenho e nem sei se terei.

mas. a vida é feita de compensações. 01 e 02 estão aqui pra iluminar meus dias.

e meu amigo me trouxe de aniversário, diretamente de frança, um estojo lindo de canetas stabilo que me deixou muito, muito feliz de verdade porque era o meu objeto de desejo.

e do meu outro amigo, que senta do lado daquele, eu ganhei um buda roxo. e roxo, segundo me explicou minha amiga gigi, é a cor da transmutação. porque o que eu preciso mesmo é transmutar.

Um comentário:

Unknown disse...

amiga...somos cancerianas...as vezes dá curto circuito :p
beijos,
Dani