as mulheres em geral detestam as ex dos seus atuais. mas se as ex não existissem, talvez faltasse assunto no mundo. ou seja, as ex são um excelente pretexto pra começar uma daquelas boas sessões de maledicência feminina, muitas vezes compartilhadas com homens também. virtuoso ou vergonhoso, as ex compõem o passado amoroso de um sujeito, quer as atuais queiram, quer não. o paradoxo está no fato de que por mais que as mulheres reclamem, elas não se dão conta de que muito pior seria se o seus respectivos ex nenhuma tivessem.
"fulano não tem ex."
"como assim, não tem ex? era virgem? nunca namorou ninguém? iiiih, que esquisito, hein? toma cuidado com esse cara, não tem ex, não leva as coisas a sério, não tem experiência em relacionamentos ou coisa bem pior. cuidado, ó filha, cuidado!"
uma ex é como um como um campo de teste, um estágio probatório na vida de um homem. espera-se que este homem esteja em evolução, o que pode ou não acontecer, mas isso não é problema da ex, é problema dele. se o mundo é ruim com elas, seria pior sem elas. até porque todo mundo já foi ex, já reclamou de ex e um dia, quem sabe, ex será também.
[claro, tem ex de todo naipe, existem as boazinhas, que ficam melhores amigas das atuais ou pelo menos mantém relações civilizadas com os novos pares. mas aqui me refiro àquela ex arquetípica, aquela freak-descontrol que liga pra atual dizendo "ó, seu marido tá aqui comigo a-go-ra lambendo o dedão do meu pé", como em uma versão (extra) conjugal do famoso trote do sequestro. com a diferença que elas não querem cartões telefônicos em troca, e muito menos o marido de volta. querem apenas tirar o sossego da incauta da vez.]
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Um comentário:
Sagaz.
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