reflexões futebolísticas III - encontro de almas

pra mim, um dos encontros entre almas mais marcantes que pode existir é quando um pai leva um filho, ou uma filha, ao estádio para ver o time jogar. quem passou por isso na infância sabe do que eu estou falando, é uma recordação especial, uma lembrança que pode ser mais forte que a de um aniversário ou uma viagem à disney. me emociono sempre que vejo pais e filhos no maracanã, torcendo juntos, tirando fotos, comprando bugigangas, comendo pipoca: os pais orgulhosos dos filhos, desde pequenos no "caminho certo", os filhos felizes de estarem fazendo parte daquela festa com os pais.
viajo no tempo e me vejo ali, pequeninha, pensando em como se fala palavrão naquele lugar e mesmo assim é permitido, triste se o flamengo perdia (será que a culpa foi minha? será que eu botei as meias certas?), feliz se o flamengo ganhava (guardei anos e anos uma faixa comprada na saída do maracanã quando ele foi campeão), mas sempre, sempre de mãos dadas com a inesquecível mão do meu pai.

[pais e mães, levem seus filhos ao estádio sem medo. é um presente singelo que custa só um ingresso (o seu), um saco de pipoca, uma coca-cola e uma bandeirinha de time, mas que, dado com carinho de pais para filhos, será compartilhado com milhares de pessoas. e emoção compartilhada a gente nunca esquece.]

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