então o garcia&rodrigues foi autuado por servir comida fora da validade. novidade! da única vez que eu botei meus pézinhos naquele lugar, num acesso de luxúria, encontrei de uma só tacada um cabelo no meu prato e uma barata cascudérrima andando no balcão.
já estou acostumada com esse tipo de coisa a contar pelo naipe dos lugares que eu frequento. anteontem mesmo fui comer uma esfirra no árabe da galeria menescal e encontrei um cabelo. joguei fora apenas a pequena área onde estava o fio e comi o resto normalmente. estava ótima. imagino eu que a cozinha de todos os restaurantes do rio, mas todos mesmo, seja imunda e cheia de ratos e baratas. vale a máxima universal "o que os olhos não vêem..." (infelizmente os cabelos são visíveis). mas não venham tirar onda com a minha cara! restaurante chique my ass! o garcia&rodrigues nunca me enganou! eu fecho com o belmonte (que aliás foi acusado da mesma irregularidade com os alimentos), é sujinho, é pobrinho, mas pelo menos os garçons são muito gente boa!
reflexões futebolísticas IV - o ópio do povo
futebol é carnaval e vice-versa. depois eu desenvolvo, mas acho que o roberto damatta já falou muito mais e melhor (óbvio) sobre o assunto.
reflexões futebolísticas III - encontro de almas
pra mim, um dos encontros entre almas mais marcantes que pode existir é quando um pai leva um filho, ou uma filha, ao estádio para ver o time jogar. quem passou por isso na infância sabe do que eu estou falando, é uma recordação especial, uma lembrança que pode ser mais forte que a de um aniversário ou uma viagem à disney. me emociono sempre que vejo pais e filhos no maracanã, torcendo juntos, tirando fotos, comprando bugigangas, comendo pipoca: os pais orgulhosos dos filhos, desde pequenos no "caminho certo", os filhos felizes de estarem fazendo parte daquela festa com os pais.
viajo no tempo e me vejo ali, pequeninha, pensando em como se fala palavrão naquele lugar e mesmo assim é permitido, triste se o flamengo perdia (será que a culpa foi minha? será que eu botei as meias certas?), feliz se o flamengo ganhava (guardei anos e anos uma faixa comprada na saída do maracanã quando ele foi campeão), mas sempre, sempre de mãos dadas com a inesquecível mão do meu pai.
[pais e mães, levem seus filhos ao estádio sem medo. é um presente singelo que custa só um ingresso (o seu), um saco de pipoca, uma coca-cola e uma bandeirinha de time, mas que, dado com carinho de pais para filhos, será compartilhado com milhares de pessoas. e emoção compartilhada a gente nunca esquece.]
viajo no tempo e me vejo ali, pequeninha, pensando em como se fala palavrão naquele lugar e mesmo assim é permitido, triste se o flamengo perdia (será que a culpa foi minha? será que eu botei as meias certas?), feliz se o flamengo ganhava (guardei anos e anos uma faixa comprada na saída do maracanã quando ele foi campeão), mas sempre, sempre de mãos dadas com a inesquecível mão do meu pai.
[pais e mães, levem seus filhos ao estádio sem medo. é um presente singelo que custa só um ingresso (o seu), um saco de pipoca, uma coca-cola e uma bandeirinha de time, mas que, dado com carinho de pais para filhos, será compartilhado com milhares de pessoas. e emoção compartilhada a gente nunca esquece.]
reflexões futebolísticas II - o enigma do peido
isso é deveras intrigante: por que se peida tanto - e tão mal - no maracanã? já disseram que a culpa é da cerveja, mas eu discordo: eu bebo e não saio peidando por aí. cogitei ser alguma coisa que aqueles ambulantes vendem e neguinho come, cachorro quente king dog, bicoitos lekitos, sei lá. meu nobilíssimo colega de trabalho objetou, disse que não há mistério algum com os peidos do maraca. segundo seu argumento, não ocorre uma super-flatulência por ocasião do jogo, a quantidade de peidos estaria dentro da média diária de um indivíduo normal, mas como são milhares de pessoas concentradas e paradas em um mesmo lugar peidando juntas a impressão que dá é de que o ar fica literalmente carregado. além disso, observou o colega, estar em meio a uma multidão, encoraja os instintos flatulentos já que os torcedores se sentem protegidos pelo anonimato, afinal de contas, no maracanã, ao contrário do que acontece em um elevador com duas pessoas, por exemplo, o peido não tem dono. sei não, essa teoria não me convence por ser apenas parcialmente esclarecedora, afinal de contas não elucida a questão da catinga... na minha hipótese o povo deve almoçar feijão com repolho, ovo de codorna e bife de fígado antes de ir pro jogo e depois põe a culpa na pobre da itaipava!...
reflexões futebolísticas I - o paradoxo do "senta"
o jogo começa e está todo mundo em pé. dali a pouco começam a gritar "sentaaaaa!" e o povo vai sentando de cima pra baixo. o problema é que se quem está na sua frente resolve não sentar você fica num dilema: ou fica em pé também e caga pra quem está atrás, ou senta e não enxerga nada. no fim das contas funciona mais ou menos assim: se o cara da primeira fileira não estiver a fim de sentar, geral vai ver o jogo em pé.
drops futebolísticos II
25 de novembro - último jogo do ano, despedida do mengão no maraca em grande estilo
- estádio lindo, como sempre. torcida idem. cobiço uma camisa 12.
- estréia da peruquinha vermelha na torcida. não basta torcer, tem que ter estilo.
- por falar em estilo, vamos ao momento fashion: ney franco péssimo com um modelito inexplicável de calça jeans da uruguaiana, blusinha meio-pólo-meio-esportiva e uma botinha zebu (!) pra arrematar. aff! são joel, cujos milagres já foram levados ao conhecimento do papa bento XVI, mais uma vez estava impecável em seu jogging-pretinho-básico.
- a suderj inventou agora de colocar uns alto-falantes berrando o hino do flamengo. o gênio que inventou isso deve achar que abafou. eu odiei. numa boa, coloquem esses alto-falantes tocando hino nos jogos do vasquinho, do foguinho, do fluzinho... nos jogos do mengão eles, além de desnecessários, atrapalham o que há de mais bonito que é o canto da nação rubro-negra.
drops futebolísticos
[enquanto eu e b'__ não publicamos nosso blog exclusivo sobre o assunto]
- que lindo o maracanã lotado, público recorde no campeonato. dia 25 tamo aeeee!
- a torcida é tão ou mais divertida, emocionante, bonita, quanto o jogo em si. e vamos combinar? que nem a nação rubro-negra não tem, pode procurar. e divertido mesmo é ver malando-machão chorar! onde mais?
- por essas e outras, acho que esse ano, contando com abertura do pan e jogo do brasil, fui mais vezes ao maraca do que na minha vida inteira. e ainda tem o show do the police! dessa vez fui de cadeira perpétua, cortesia de uma amiga de trabalho. o lugar é perfeito, pertinho do campo, embaixo da imprensa (assim, não corremos nem o risco de tomar objetos não-identificados na cabeça). desejei muito ser a feliz possuidora de cadeiras perpétuas no maracanã. já pensou, que onda na copa de 2124?!
- mas na maioria das vezes acabei indo de camarote e cheguei a uma conclusão: o camarote do maracanã é que nem uma foda de camisinha - tudo muito limpinho, muito seguro, mas não dá aqueeela emoção. de qualquer jeito, é melhor que nada. (e não faz mal nenhum tomar um choppinho gelado e ir ao banheiro sem se perder - sim, eu me perdi indo ao banheiro na arquibancada - vendo o mengão jogar).
- essa fase tá me deixando meio baixaria, além de rouca. cheguei do jogo cantando e o cônjuge me disse que ninguém no prédio tinha gritado quando o flamengo fez o gol, ao que eu respondi "ah é? só tem pó de arroz nesse prédio! se eles não gritam, grito eu!" e me pendurei no parapeito da área de serviço e gritei mengoooooooooooo!!! rapidamente fechei a janela, antes que reclamassem com o porteiro que a louca do XX01 estava perturbando a ordem do prédio. preciso manter minha imagem de pessoa séria.
- [momento fashion] perguntinha que não quer calar: por que todos os técnicos têm uma barriguinha? até aí, ok, muita churrascaria, pouca corrida. mas aquele vanderley é muito cafona, com aquela roupa dele social, aquela calça de seda, apertada na bunda, péssimo! eu acho assim ó: ou o treinador é europeu-ultra-elegante e, neste caso, está autorizado a vestir um terno italiano ou então, mortais, vistam um jogging que está superadequado.
equação onírica
12 horas de trabalho + flamengo 2x1 + chope x 4 + 7 horas de sono
= sonho com uma das minhas chefes me dizendo que o romário, que era um dos diretores da coca-cola, confidenciou pra ela que eu era uma das favoritas dele e que por isso tinha colocado meu nome no disputadíssimo camarote da coca-cola para o próximo jogo do flamengo.
então tá. como não estou mais na análise, não sei bem interpretar esse sonho sob a ótica freudiana. mas, que tipo de insight eu posso depreender disso tudo? que eu ando trabalhando demais? que eu ando bebendo pouco? que os diretores na coca-cola são vascaínos? e o mais intrigante, o que cacete significa ser a favorita do romário?!
= sonho com uma das minhas chefes me dizendo que o romário, que era um dos diretores da coca-cola, confidenciou pra ela que eu era uma das favoritas dele e que por isso tinha colocado meu nome no disputadíssimo camarote da coca-cola para o próximo jogo do flamengo.
então tá. como não estou mais na análise, não sei bem interpretar esse sonho sob a ótica freudiana. mas, que tipo de insight eu posso depreender disso tudo? que eu ando trabalhando demais? que eu ando bebendo pouco? que os diretores na coca-cola são vascaínos? e o mais intrigante, o que cacete significa ser a favorita do romário?!
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