escolhas
já dizia o moço da maçã: "as pessoas não sabem o que querem até você mostrar a elas". eu sei do que não quero. deixo a porta aberta pra vida me mostrar o que eu possa querer. e entrego o resto pra minha intuição.
acerto de contas
dezembro
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durou meia hora. depois fui pra iguabinha.
1 segundo
que se yo?
empreendedorismo infantil
d. maria
back on track
- fico muito tempo com a unha sem fazer
- abandono um livro quase no final e não pego nenhum outro pra ler
- começo a engordar
- não faço (nem realizo) planos
hoje levei um livro abandonado pra ler enquanto fazia unha.
maslow
sábado
sutil
new black
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diz que a crise dos sete anos era causada porque os eletrodomésticos de uma casa começam a quebrar mais ou menos por essa época. a responsabilidade do conserto vira um jogo de empurra e isso deflagraria uma crise conjugal. faz algum sentido. e agora, será que os eletrodomésticos estão durando (ainda) menos?
mais um ano, um domingo.
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o arpoador, continua glorioso como em todos os outonos. redescobri minha banda preferida número 5. agora fazemos nosso próprio pão. gente vem, gente vai, gente volta, gente que não devia voltar. e eu aproveito pra amadurecer (?). amadurecer a ideia de que, assim, de repente, eu preciso de uma ajudinha pra desatar uns nós aí.
domingo no parque 2
outro domingo
inferno astral? não acredito nisso. acredito em marés. e acredito na lógica das doenças e terremotos: melhor que sejam recorrentes e de baixa intensidade que raros e avassaladores.
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além das pessoas, me fizeram feliz esse fim de semana: bolinho de camarão do chico & alaíde, aliás, gostosuras diversas. a perspectiva de voltar a arrumar a casa. copos de bolinhas. faqueiro novo que chegará pelo correio - a adoro comprar online e esperar encomendas pelo correio. sono em dia.
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note to self: relativizar a importância das coisas. estabelecer prioridades. quem/o quê é importante para mim? acho que sei a resposta.
querido diário,
semana passada eu brinquei de barbie na hora do almoço.
ontem, enquanto eu dava conselhos, ele fazia sorvete de creme.
eu queria ter uma babá. e que alguém me contasse histórias antes de dormir.
acho chato quando ele só quer jogar videogame e não brinca comigo.
domingo no parque
era uma banda de palhaços que cantava benjor e me fez querer ter uma filha chamada teresa.
era um gato de chapéu, na garupa da moto (uma senhorinha disse que o dono era mau, porque o gato ficava preso).
era um cachorro chamado zeca camargo, sendo fotografado incessantemente pela dona.
era alguém passando a vergonha mais temida por um carioca: seu corpo era içado pelo helicóptero dos bombeiros.
era um protesto de bombeiros, que pediam um salário digno.
eram meninos oferecendo o corpo, em plena luz do dia.
era a miragem que continuava bebendo no azul marinho e o que me faltou foi coragem pra chegar e dizer: "oi, posso te fazer companhia?".
era eu pensando na vida num domingo em ipanema.
vou voltar, sei que ainda vou voltar
porque eu preciso voltar a escrever, mas é sempre a desculpa da falta de tempo, a preguiça, as horas consumidas com bobagens sem sentido.
porque eu andei meio monotemática, põe aí quase dois anos nisso. e sobre o tema que eu versava, muitos outros versavam bem melhor que eu, então não valia gastar pixels e caracteres com isso. (e o que é a internet senão um grande aterro sanitário de pixels e caracteres?)
porque eu gosto de falar sobre mim mesma, sabe? sei. obrigada pela atenção dispensada.
teoria do caos
nesse breve passeio dominical cheguei à conclusão de que o que governa o mundo é o caos. por isso resolvi passar todos os fins de semana do verão em são paulo, a começar pelo próximo.
alguém me explica II
eu sei, eu sei, sei lá, sei lá, é muita falta de assunto mas eu fiquei passada!
algu?m que v? a novela por favor me explica...
agradecimentos
meu corpo, este ser estranho
ontem arrumei um rodo pra fazer de cajado. estava humilhante demais, então agora me contento em andar pela casa feito o corcunda de notredame.
não posso rir, não posso chorar, não posso tossir, nem espirrar. na primeira noite em casa engasguei, aí comecei a tossir e foi uma dor insuportável, não sabia se tossia, se gritava, na tentativa de conter a tosse parei de respirar e foi um deus-nos-acuda. fiquei triste nesse dia e me deu vontade de chorar. mas não podia soluçar, então apelei pra arte de chorar baixinho. ontem à noite foi o contrário. minha mãe entrou no quarto e contou uma coisa engraçada e eu simplesmente tive um ataque de riso. cada movimento involuntário da barriga produzia uma dor, e ao mesmo tempo que eu tinha vontade de chorar por causa da dor, não conseguia parar de rir. foi pura tragédia grega e eu achei que ia ficar louca. e assim eu entendi que tentar controlar as manifestações mais primitivas do corpo, como o riso, pode sim, levar à loucura.
fora isso, ao contrário do que eu dei a entender, está tudo bem. vou tentar aproveitar esse tempo em casa da melhor forma possível: dormindo e comendo bem, lendo, escrevendo, e, claro, sendo paparicada porque eu mereço :p
pós-operada
uma dessas coisas que estavam amarradas era uma cirurgia pra tirar meu mioma de estimação porque, na medida do possível, eu resolvi não ficar mais empurrando os problemas com a barriga. e depois de muitas idas e vindas acabei marcando a cirurgia no susto, de um dia pro outro.
graças a deus deu tudo certo e meu médico acabou tirando não só um como dois monstrinhos de dentro de mim. agora estou em processo de recuperação na casa da minha mãe e só hoje estou conseguindo fazer alguma coisa que não vegetar.
sem querer me fazer de vítima até porque sei que existem situações mil vezes piores que essa minha, que eu não gosto nem de imaginar, mas o fato é que pós-operatório é uma merda e se você parar bem pra pensar, cirurgia é uma coisa de maluco, a coroação da insanidade que é a medicina. primeiro você deita numa maca com um reles avental e uma touquinha ridícula, já com a dignidade perto de zero, e te levam pra uma sala que parece um estúdio de tv [mais precisamente cenário do núcleo hospitalar da novela das 8]. aí vem o anestesista, te passa uma conversa mole e te apaga. ai vem o chefe dos loucos, o cirurgião, e te passa a faca, faz o serviço e, com você ainda vagando pelo quarto escuro da consciência, te costura de volta. ou seja, em menos de duas horas você foi apagada, retalhada e costurada. depois, enquanto você toma litros de soro vitaminado com bombas químicas que vão evitar que você urre de dor, a equipe médica se despede e vai almoçar tranquilamente como se tivesse acabado de jogar uma partida de buraco*.